Há momentos na vida em que tudo nos corre mal. O pensamento mais frequente é logo "porque é que só nos acontece a nós?". No início deste ano a minha mente estava focada neste tipo de pensamento. Depois do nascimento do meu filho, comecei a sentir um cansaço psicológico de tal maneira que isso se reflectiu nos números das roupas que vestia.
Desempregada, eis que na festa de Natal oiço falar de um projecto de nome À Bolina que vai começar a trabalhar mesmo dentro do bairro, em frente à minha casa.
Dirigi-me a eles e apresentei-me como uma possível colaboradora, pois na apresentação das actividades que pretendiam desenvolver no bairro incluía-se a edição de um jornal on-line.
O meu ânimo começou a renascer e tudo porque fui bem recebida, pessoas simpáticas e jovens.Desde Logo colaborei com alguns trabalhos que me foram pedidos.Após meses com a sensação de ser uma inútil, percebi que afinal sou prestativa e posso aprender muito com esta minha participação neste projecto. Actualmente estou a realizar um estágio profissional no À Bolina. Sim, porque ainda não tinha conseguido fazer nenhum na minha área que é comunicação social.
Afinal, na vida é preciso passar por alguns momentos stressantes para depois renascer. Conclui que as fases menos boas da nossa vida não são para ser levadas como um caminho sem regresso ou só nos vamos afundar ainda mais. Percebi que são momentos pelos quais temos que passar e o mais importante é saber aceitar esta fase para lutar e vencer. É preciso que nos ergamos quando estamos a perder forças. Mesmo que não nos dêem apoio, o importante é viver cada dia com força, para no dia seguinte vencer indo sempre à luta.
Esta força vinha sempre à noite, quando olhava para o meu filho a dormir- só nós os dois no quarto- e dizia para mim: "Preciso de forças para poder criar o meu filho e vê-lo crescer".
Surraia Correia
(Foto http://profs.ccems.pt/OlgaFranco/geologia.htm)
Wednesday, August 29, 2007
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment