Era Setembro
Diferente de todos os outros
Uma tarde Nova
Porque não eram tardes as que me habituei
A ave de ferro roncou e levantou,
No entardecer desse Setembro.
Lá fora o silêncio, silêncio e dor.
Porquê meu Deus, porquê da partida?
Também dentro,
Um silêncio amargo
As interrogações do que será amanhã
Num mundo desconhecido
Que até o sol era outro
Ainda dentro, eu, alegre mas triste,
Fechado num silêncio hipócrita
Sufocante com a partida,
Só Deus sabe.
Outono
Num pôr-do-sol triste
A ave poisou na terra do amparo,
Que a história já me falara.
Tudo era novo
Até o meu céu coberto com panos de jagundins,
Deixou de existir
Para ser colorido de gaivotas
Que hoje os meus olhos se vão acostumando.
Autor: MaVaDi
Lisboa, Setembro de 1985
Monday, February 05, 2007
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