Wednesday, October 24, 2007

Necessária mais mão de obra imigrante para 2008


O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) anunciou que em 2008 será necessária mais mão-de-obra imigrante. As principais razões encontradas pelo IEFP para se recorrer aos trabalhadores estrangeiros é a de que os portugueses não estão disponíveis para desempenhar determinadas tarefas e nem sempre reunem os requisitos exigidos pelas empresas. Às entidades patronais resta o recuso aos imigrantes que manifestam sempre o desejo de arranjar um emprego mesmo que precário.
Apesar de continuarem a entrar imigrantes no país todos os anos, há ainda postos de trabalho que ninguém quer ocupar, apesar das 440 mil pessoas que não encontram emprego. Só em 2007 o IEFP anulou 3101 ofertas de emprego devido ao desajustamento dos candidatos ou porque simplesmente não existiam pessoas aptas.
Estes dados são determinantes na medida em que assumem um papel importante para a definição do contingente para a admissão de trabalhadores imigrantes necessários para a realização de tarefas não sazonais previsto na nova lei da imigração.
Ainda que a lei preveja a prioridade aos trabalhadores portugueses no acesso ao emprego, o centro de emprego tem 30 dias para encontrar um desempregado que queira a vaga para o emprego. Muitas vezes isso não acontece e as empresas acabam por contratar no estrangeiro através dos meios legalmente previstos.
O IEFP revelou ainda que a carência de trabalhadores é mais evidente no sector da construção, nos hotéis e na restauração. Contudo as vagas que mais prevalecem nos centros de empregos ou para as quai não foram encontrados trabalhadores que queiram o emprego são na área da metalurgia, metalomecânica, operários e técnicos de nível intermédio.
Texto de Surraia Correia

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