A escola EB1 do Prior Velho está a organizar um desfile de Carnaval com o apoio da Junta da Freguesia local. O desfile pelas ruas do Prior Velho será já no dia 1de Fevereiro pelas 10h da manhã. Com os alunos da EB1 irão desfilar também as crianças do Jardim de Infância do Prior Velho e da Creche Mãe Canguru.
As comemorações do Carnaval são por isso aguardadas com muita ansiedade pelas crianças que frequentam a escola. A expectativa pela data do dia do desfile constata-se durante as conversas no recreio em que grande parte das conversas são sobre os trajes e as máscaras a usar no desfile.
Wednesday, January 30, 2008
Esperança/À Bolina partilham boas práticas
No dia 22 de Fevereiro, entre as 10h e as 17h30, as equipas técnicas e coordenadores dos projectos À Bolina e Esperança vão encontrar-se para partilhar boas práticas. Durante a parte da manhã, nas instalações do Esperança nos Terraços da Ponte, os técnicos deste projecto falarão sobre as actividades de formação parental desenvolvidas. A equipa do À Bolina fará o registo fotográfico da sessão e com os materiais escritos preparados previamente pelo Esperança, durante a parte da tarde, no salão Polom do Bairro da Quinta da Serra, realizar-se-á uma sessão formativa de produção de conteúdos net, da responsabilidade do À Bolina.
Lanternistas convidados pelo Indie Júnior 2008
A convite do Indie Festival de Lisboa e por indicação do ACIDI/Escolhas, o projecto À Bolina terá uma participação surpresa na edição deste ano da secção infanto-juvenil. O cinema S. Jorge, o Fórum Roma e o Teatro Maria Matos acolherão as sessões de cinema do festival que decorrerá entre 24 de Abril e 4 de Maio. Em breve daremos notícias a este propósito...
Tuesday, January 29, 2008
Retratos da Quinta da Serra
Há mais de dez anos, a fotógrafa Maria Vitória Vaz Pato empreendeu um trabalho fotográfico onde quis revelar a vida e o modo de estar dos imigrantes que residem no bairro Quinta da Serra, no Prior Velho.
Na Quinta da Serra vivem imigrantes africanos, que primeiro construiram as suas barracas e esperam por realojamento desde que começaram a construir uma nova Lisboa.
Maria Vitória Vaz Pato assume que com os seus retratos pretendeu sobretudo registar o nome, o olhar e gesto de viver dos artistas que foram importantes para a construção de grandes obras na área de Lisboa e mostrar através das fotos o contacto com as suas famílias após mais um dia difícil de trabalho.
Durante anos as suas fotografias, aguardaram em molduras, já prontas para serem reveladas ao mundo, e arrumadas criteriosamente dentro de caixas – por séries temáticas – que um espaço as acolhesse onde os seus protagonistas as pudessem ver. Muitos deles já partiram – foram realojados finalmente ou foram trabalhar para França, também – mas o À Bolina vai abrir em breve as portas do salão Polom e receber o bairro, a autora e os amigos para a exposição “Retratos da Quinta da Serra”.
Quem é Maria Vitória Vaz Pato
Nasceu na cidade do Porto onde iniciou os estudos universitários que veio a concluir em Paris em 1963.
Maria Vaz pato é doutorada em Microbiologia na Sorbonne. Enquanto esteve em Paris, conviveu nos anos 60/70 com os grupos de estudantes africanos e em Itália participou activamente no Seminário “Socialismo e África”.
Regressada a Portugal, deu aulas de alfabetização em bairros degradados de Lisboa e nos anos 80 foi aluna do AR.CO após iniciar uma preparação artística. No âmbito do seu curso no AR.CO elaborou e colaborou em alguns trabalhos: “Mercados em Portugal,” “ As Vilas Operárias de Lisboa e a Aldeia do Piódão”.
Texto: Surraia Correia
Na Quinta da Serra vivem imigrantes africanos, que primeiro construiram as suas barracas e esperam por realojamento desde que começaram a construir uma nova Lisboa.
Maria Vitória Vaz Pato assume que com os seus retratos pretendeu sobretudo registar o nome, o olhar e gesto de viver dos artistas que foram importantes para a construção de grandes obras na área de Lisboa e mostrar através das fotos o contacto com as suas famílias após mais um dia difícil de trabalho.
Durante anos as suas fotografias, aguardaram em molduras, já prontas para serem reveladas ao mundo, e arrumadas criteriosamente dentro de caixas – por séries temáticas – que um espaço as acolhesse onde os seus protagonistas as pudessem ver. Muitos deles já partiram – foram realojados finalmente ou foram trabalhar para França, também – mas o À Bolina vai abrir em breve as portas do salão Polom e receber o bairro, a autora e os amigos para a exposição “Retratos da Quinta da Serra”.
Quem é Maria Vitória Vaz Pato
Nasceu na cidade do Porto onde iniciou os estudos universitários que veio a concluir em Paris em 1963.
Maria Vaz pato é doutorada em Microbiologia na Sorbonne. Enquanto esteve em Paris, conviveu nos anos 60/70 com os grupos de estudantes africanos e em Itália participou activamente no Seminário “Socialismo e África”.
Regressada a Portugal, deu aulas de alfabetização em bairros degradados de Lisboa e nos anos 80 foi aluna do AR.CO após iniciar uma preparação artística. No âmbito do seu curso no AR.CO elaborou e colaborou em alguns trabalhos: “Mercados em Portugal,” “ As Vilas Operárias de Lisboa e a Aldeia do Piódão”.
Texto: Surraia Correia
Monday, January 28, 2008
Reunião de líderes da Quinta da Serra nos MdM
No próximo dia 1 de Fevereiro, pelas 11h, terá lugar nas instalações dos Médicos do Mundo do Bairro da Quinta da Serra, no Prior Velho, uma reunião de líderes, a qual terá os seguintes pontos:
1. Apresentação dos participantes na reunião
2. Apresentação dos temas levantados em reuniões anteriores
3. Programa dos trabalhos a serem desenvolvidos
4. Outros
1. Apresentação dos participantes na reunião
2. Apresentação dos temas levantados em reuniões anteriores
3. Programa dos trabalhos a serem desenvolvidos
4. Outros
Notas do primeiro período em alta
A Dirce Rodrigues, com a ajuda do Bernardo Gomes, tem desenvolvido um trabalho notável com as crianças e jovens que frequentam o apoio escolar. Faz um balanço positivo da actividade, ilustrado pelas poucas negativas registadas neste final do primeiro período. “ Isto prova que os estudos e o acompanhamento na realização dos trabalhos de casa estão a ter progressos”, afirma a técnica.
Questionada sobre o progresso dos alunos, Dirce afirma que os seus meninos têm aproveitado bastante o apoio escolar que lhes é dado e que no primeiro ano de implementação do À Bolina, foi possível notar melhorias a vários níveis em relação aos alunos que beneficiam deste apoio.
A pessoa que colabora mais assiduamente com a Dirce é o Bernardo, jovem universitário mas um histórico no apoio escolar às crianças e jovens do bairro, actividade que já desenvolvia voluntariamente antes da existência de um Escolhas na Quinta da Serra. Para si o trabalho continua a ser importante e constata que, com a redução do número de crianças, tal permite fazer um acompanhamento mais individualizado. Esta redução do número das crianças no apoio escolar deve-se, segundo o Bernardo, à concorrência do Cid@Net, dado que os mais crescidos acabam por passar mais tempo nos computadores e já raramente vão para a sala de estudo fazer os trabalhos de casa. De momento a maioria dos inscritos no apoio escolar são “as crianças que estão na escola primária e alguns do 5º e 6º ano”.
Os materiais e jogos didácticos adquiridos pelo projecto permitem agora um bom trabalho de investigação e pesquisa por parte dos miúdos quando tal lhes é solicitado nas escolas. Aqui, o apoio do Cid@Net tem sido imprescindível.
Bernardo Gomes acha que o funcionamento e o apoio prestado aos alunos melhorou bastante, sublinha que o espaço está sempre organizado e limpo e que o facto de a Dirce ser professora é um grande contributo para estas crianças estarem cada vez mais preocupadas em fazer sempre os trabalhos de casa.
As melhorias, que também foram sentidas nas escolas - tanto na Primária do Prior Velho como na Bartolomeu Dias -, são afectadas porque nem sempre há um empenho dos pais em cumprir com a sua quota parte: o pagamento das mensalidades, um valor quase simbólico: 5€. “O desinteresse é por vezes da parte dos pais. Muitas crianças acham útil e importante para elas a frequência do apoio escolar. Sem falar na preocupação que revelam quando têm trabalhos difíceis…” diz a responsável.
No quotidiano do apoio escolar, primeiro fazem-se os trabalhos de casa - ou os trabalhos passados pela Dirce – a que se seguem os jogos no pátio.
A técnica do apoio escolar acha que foram cumpridos os objectivos propostos o que é patente nos resultados revelados no final deste período escolar. As dificuldades no português – sobretudo no caso dos alunos chegados recentemente da Guiné e Cabo Verde - e na matemática continuam a ser dominantes e a precisar de um investimento suplementar. As metas para o próximo semestre são trabalhar cada vez melhor com estes alunos para que apresentem sempre melhores resultados, arranjar soluções para os que têm mais dificuldades e sobretudo tentar prestar atenção a cada criança em particular para ajudá-la a superar as suas dificuldades específicas.
Texto: Surraia Correia
Fotos: José Semedo
Peixinho
Havia uma menina que tinha um namorado que era um peixe. Sempre que saía da escola ia a correr para o mar ter com o seu namorado e levava-lhe farinha de arroz para ele comer.
Assim que chegava ao rio começava a cantar e o peixe aparecia.
Peixinho, Peixinho
Na roda do mar
Na praia de Banbadinca
Ai Peixinho a namorar.
A menina ficava na praia horas e horas a namorar com o seu peixinho e voltava tarde para casa. A sua mãe começou a reparar que ela chegava sempre muito tarde e disse ao seu irmão para ir atrás dela no dia seguinte quando saissem da escola.
Quando saiu das aulas, a menina foi cantando muito alegre em direcção à praia sem perceber que o seu irmão a seguia. Chegou a praia e cantou fortemente até o seu peixinho aparecer.
O irmão que estava escondido, observou tudo e foi contar à mãe o que é que afinal a sua irmã andava a fazer quando saía da escola.
– Então a minha filha namora com um peixe? - perguntou a mãe muito furiosa ao descobrir a verdade.
Nervosa, saiu de casa e foi à praia para ver o peixe. Os vizinhos seguiram-na e, assim que chegaram, a mãe começou a cantar.
O peixinho, ao ouvir a música, saiu imediatamente da água pensando que se tratava da sua namorada.
A mãe da menina ao ver que era verdade o que o filho lhe tinha dito, zangada, aproximou-se do peixe e matou-o.
Levou o peixe para casa e cozinhou-o. Antes, porém, disse ao filho:
-Filho, não digas nada a tua irmã senão ela nunca mais fala comigo.
O filho concordou em não dizer nada à sua mana.
No dia seguinte, quando saiu da escola, a menina foi novamente ter com o seu peixe namorado. Chegou à praia e começou a cantar mas o peixe não apareceu.
A menina insistia em cantar mas o peixe também não saia da água. Ela nem imaginava o que tinha acontecido. Triste, a menina voltou para casa sem perceber o que se passara.
No dia seguinte, mal chegou da escola, o galo cantou:
-Có có ró có! Se me deres um pouco da tua comida digo-te o que é que aconteceu.
A menina pensou que o galo apenas queria a comida e foi-se embora. Mais tarde o cão ladrou e disse-lhe o mesmo:
-Conto-te o que a tua mãe fez se me deres um bocado da tua comida.
Então a menina ficou a pensar porque razão o galo e o cão lhe pediam comida em troca de revelar o que a sua mãe teria feito. Curiosa, decidiu dar um pouco da sua comida ao cão e este disse-lhe:
– Sabias que a tua mãe matou o teu namorado peixe e tu estás a comê-lo?
– Não é verdade - disse a menina com um olhar triste e saiu a correr em direcção à praia.
Mal chegou começou logo a cantar em voz alta.
Peixinho, Peixinho
Na roda do mar
Na praia de Banbadinca
Ai peixinho namorar.
Sem resposta, a menina continuava a cantar e o peixinho não aparecia.
A mãe soube que ela tinha ido atrás do peixe e também foi lá ter. Quando chegou, viu a sua filha a cantar e a chorar pelo seu namorado já dentro da água.
- Minha filha onde vais? Diz à tua mãe. Onde queres ir? - gritava a mãe, toda aflita, enquanto a filha caminhava cada vez mais para dentro da água. A água já lhe chegava ao pescoço e respondia para a mãe:
– Não digo, não digo. Fica com o teu filho mais novo que é dele que gostas mais.
À medida que falava, a menina foi ficando coberta com a água até desaparecer completamente. A sua mãe ficou a olhar enquanto ela morria afogada. Assim que desapareceu, a sua mãe voltou para casa ter com o filho. O corpo da menina nunca foi encontrado.
Esta história, trágica, da Guiné foi-no contada pela Vilma Sanhá, de 12 anos. Desenhos de Mário Nababo, João Paulo e Júlio César
Wednesday, January 23, 2008
Chabéu de Carne da Guiné
A Domingas Hopffer é uma mulher de vida dura e sorriso pronto. É também uma das mais antigas alunas da alfabetização para adultos. Quando em 2007, nas férias do Verão, a alfabetização se despediu com uma festa, cozinhou o chabéu de carne que a Nair e a Ana Isabel garantem ser delicioso. A receita já tinha sido trabalhada nas aulas. É com ela que iniciamos um ciclo dedicado às "coisas de comer" da Guiné e Cabo Verde. Bom apetite!
Ingredientes (4 pessoas)
1 galinha
1⁄2 kg de carne de vaca
2 cebolas
2 folhas de louro
sal
2 limões
2 chávenas (de café) de óleo de palma (chabéu)
2 malaguetas
Modo de fazer:
Ferver a carne de vaca um pouco para amaciar. Retirar, partir aos pedaços e por no tacho. Partir a galinha aos pedaços e juntar à carne. Juntar as cebolas picadas, os tomates, louro, sumo de limão, as malaguetas e o sal. Regar com o óleo de palma e por ao lume. Pode juntar um pouco da água de cozer à carne. Deixar cozer até ficar macio e servir com arroz.
Ingredientes (4 pessoas)
1 galinha
1⁄2 kg de carne de vaca
2 cebolas
2 folhas de louro
sal
2 limões
2 chávenas (de café) de óleo de palma (chabéu)
2 malaguetas
Modo de fazer:
Ferver a carne de vaca um pouco para amaciar. Retirar, partir aos pedaços e por no tacho. Partir a galinha aos pedaços e juntar à carne. Juntar as cebolas picadas, os tomates, louro, sumo de limão, as malaguetas e o sal. Regar com o óleo de palma e por ao lume. Pode juntar um pouco da água de cozer à carne. Deixar cozer até ficar macio e servir com arroz.
Tuesday, January 22, 2008
Médicos do Mundo: Curar doenças e combater injustiças
"A Voz da Quinta" entrevistou, em jeito de balanço de fim de mais um ano de trabalho e de início de novo ano, a coordenadora da equipa dos Médicos do Mundo a operar no Bairro da Quinta da Serra, Arlete Moreira. Pioneiros em termos de intervenção neste território, o seu lema é "lutamos contra todas as doenças, até mesmo a injustiça".
Qual o balanço de mais um ano de actividade no Bairro da Quinta da Serra? Tem havido um progresso em termos de melhoria de saúde dos habitantes?
De uma forma geral, o balanço é positivo. Progresso… Um dos nossos objectivos é aumentar a adesão ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo Médicos do Mundo (MdM) uma ponte para esse serviço, no sentido de proporcionar uma melhoria de saúde à população do Bairro Quinta da Serra (BQS), esse pressuposto tem sido atingido, por isso poderemos considerar que continuamos a caminhar para uma melhoria de saúde dos habitantes.
O que é que de positivo destacaria do ano que passou?
De positivo… Mais um ano que prestamos cuidados de saúde primários à população, sessões de educação para a saúde, tudo em prol dos habitantes da Quinta da Serra. A parceria com o À Bolina, que veio dar resposta a uma lacuna que existia no BQS, a abertura da creche.
Para que tipo de ajuda são os Médicos do Mundo solicitados pela população?
Os primeiros cuidados da saúde, indicação de consultas (encaminhamentos que MdM realiza para Instituições do SNS), informações/dúvidas acerca da saúde, problemas sociais (nomeadamente, Segurança Social, inscrições no centro de saúde, nacionalidade, alimentação), saúde pública (fossas, ratos, baratas), entre outros.
Quais são os problemas mais graves que ainda afectam a população? Há situações que tenham sido graves e que entretanto tenham estabilizado?
Os problemas mais graves (generalizando) são ao nível das doenças respiratórias/pulmonares, tendo em conta a precariedade das habitações. Existiram alguns casos de Tuberculose, mas com a parceria constituída entre MdM e o Centro de Diagnóstico Pulmonar (CDP) Dona Amélia, tem-se conseguido colmatar, pois MdM acompanha os utentes na TOD (toma observada directa, da medição), que são assinalados pelo CDP.
Fica desde já a informação, se alguém tiver suspeitas que tem Tuberculose dirija-se às nossas instalações, pois encaminhamos o utente ao CDP, e se o diagnóstico for positivo poderá ser acompanhado por MdM.
Quais as actividades previstas para 2008?
† Prestação de Cuidados Primários de Saúde (Acesso ao SNS e assistência adequada à própria situação)
† Actividades de informação para a saúde (Aumentar o conhecimento/informar a comunidade envolvente)
† Distribuição gratuita de preservativos masculinos e femininos
† Actividades Ludo Culturais
† Produção de Material de IEC (Informação, Educação e Comunicação), como por exemplo o Jornalão.
†
Para os recém-chegados ou para quem ainda não conheça a actividade dos Médicos do Mundo, como apresentarias a vossa actividade e a equipa presente aqui no bairro?
“ Lutamos contra todas as Doenças, até mesmo a injustiça…”
Equipa:
Arlete Moreira: Coordenadora do Projecto
Armando Pereira: Enfermeiro
Ondina Tocha: Enfermeira
Ricardo Dias: Técnico de Desenvolvimento Comunitário e Saúde Mental
Os Médicos do Mundo foram a primeira organização a ter uma presença constante dentro do bairro. O aumento da oferta social teve algum efeito sobre o vosso trabalho?
Sim, claro. Na medida em que MdM não conseguia dar resposta a algumas situações que considerava como graves, exemplo, o apoio escolar, univa, creche. E quando se trabalha em parceria, e existem esses locais dentro do bairro, o efeito é positivo para todos, pois o objectivo final é comum… melhorar as condições de vida da população do BQS, ao nível da Saúde, Social, Educacional, Ambiental…
Qual o balanço de mais um ano de actividade no Bairro da Quinta da Serra? Tem havido um progresso em termos de melhoria de saúde dos habitantes?
De uma forma geral, o balanço é positivo. Progresso… Um dos nossos objectivos é aumentar a adesão ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo Médicos do Mundo (MdM) uma ponte para esse serviço, no sentido de proporcionar uma melhoria de saúde à população do Bairro Quinta da Serra (BQS), esse pressuposto tem sido atingido, por isso poderemos considerar que continuamos a caminhar para uma melhoria de saúde dos habitantes.
O que é que de positivo destacaria do ano que passou?
De positivo… Mais um ano que prestamos cuidados de saúde primários à população, sessões de educação para a saúde, tudo em prol dos habitantes da Quinta da Serra. A parceria com o À Bolina, que veio dar resposta a uma lacuna que existia no BQS, a abertura da creche.
Para que tipo de ajuda são os Médicos do Mundo solicitados pela população?
Os primeiros cuidados da saúde, indicação de consultas (encaminhamentos que MdM realiza para Instituições do SNS), informações/dúvidas acerca da saúde, problemas sociais (nomeadamente, Segurança Social, inscrições no centro de saúde, nacionalidade, alimentação), saúde pública (fossas, ratos, baratas), entre outros.
Quais são os problemas mais graves que ainda afectam a população? Há situações que tenham sido graves e que entretanto tenham estabilizado?
Os problemas mais graves (generalizando) são ao nível das doenças respiratórias/pulmonares, tendo em conta a precariedade das habitações. Existiram alguns casos de Tuberculose, mas com a parceria constituída entre MdM e o Centro de Diagnóstico Pulmonar (CDP) Dona Amélia, tem-se conseguido colmatar, pois MdM acompanha os utentes na TOD (toma observada directa, da medição), que são assinalados pelo CDP.
Fica desde já a informação, se alguém tiver suspeitas que tem Tuberculose dirija-se às nossas instalações, pois encaminhamos o utente ao CDP, e se o diagnóstico for positivo poderá ser acompanhado por MdM.
Quais as actividades previstas para 2008?
† Prestação de Cuidados Primários de Saúde (Acesso ao SNS e assistência adequada à própria situação)
† Actividades de informação para a saúde (Aumentar o conhecimento/informar a comunidade envolvente)
† Distribuição gratuita de preservativos masculinos e femininos
† Actividades Ludo Culturais
† Produção de Material de IEC (Informação, Educação e Comunicação), como por exemplo o Jornalão.
†
Para os recém-chegados ou para quem ainda não conheça a actividade dos Médicos do Mundo, como apresentarias a vossa actividade e a equipa presente aqui no bairro?
“ Lutamos contra todas as Doenças, até mesmo a injustiça…”
Equipa:
Arlete Moreira: Coordenadora do Projecto
Armando Pereira: Enfermeiro
Ondina Tocha: Enfermeira
Ricardo Dias: Técnico de Desenvolvimento Comunitário e Saúde Mental
Os Médicos do Mundo foram a primeira organização a ter uma presença constante dentro do bairro. O aumento da oferta social teve algum efeito sobre o vosso trabalho?
Sim, claro. Na medida em que MdM não conseguia dar resposta a algumas situações que considerava como graves, exemplo, o apoio escolar, univa, creche. E quando se trabalha em parceria, e existem esses locais dentro do bairro, o efeito é positivo para todos, pois o objectivo final é comum… melhorar as condições de vida da população do BQS, ao nível da Saúde, Social, Educacional, Ambiental…
Monday, January 21, 2008
Sabores da Guiné e Cabo Verde
Este semestre vamos iniciar um inventário das receitas da Guiné e Cabo Verde. Como não podia deixar de ser, pedimos ajuda às mães e avós da alfabetização para adultos onde já temos talentos confirmados. Contamos publicar em breve as primeiras receitas e iniciar o trabalho de ilustração das mesmas pelos meninos do apoio escolar.
À espera do regresso
Estamos à espera do regresso à Cinemateca Júnior. O início do ano intrometeu-se nas nossas idas mas quando regressarmos - assim que tivérmos confirmação do transporte para isso - levamos companhia. Em princípio, connosco irão rapazes e raparigas do projecto Esperança, dos Terraços da Ponte. O grupo vai crescer, portanto, e os debates e a troca de ideias prometem ser mais ricos... Mal podemos esperar!
Este ano é o "Ano Europeu do Diálogo Intercultural" e como tal propusémos à Antónia Fonseca que programasse alguns filmes que fomentassem a nossa consciência da importância da diversidade e partilha culturais.
Texto: MCP
Friday, January 18, 2008
Nova Geração Polom
Os jovens da Quinta da Serra estão muito animados, cheios de vontade de conviver e experiementar coisas novas, após a criação do grupo de jovens ao qual puseram o nome de Nova Geração Polom. Esta mobilização surge na sequência da organização, com grande êxito, da festa de final do ano no espaço do projecto. Esta permitiu-lhes juntar algum dinheiro que, além de ter servido para criar uma conta poupança, foi usado para comprar uma mesa de pingue-pongue e uma televisão, instalados agora no espaço CID@NET do À Bolina. É aí que ao fim da tarde se reúnem e, além de navegarem na NET, passam longas horas a jogar.
A Nova Geração Polom chama-se assim em homenagem à associação que aí existiu dinamizada pelo Padre Valentim e por uma amiga, a Margarida, a qual organizou várias actividades desportivas, além de apoio escolar, que foram um marco na vida do bairro da Quinta da Serra. O grupo recém constituído informalmente quer agora organizar actividades for a e dentro do bairro e quer trazer pessoas de outros bairros para partilhar experiências, promovendo o intercâmbio. Futuramente, pode vir a ter uma existência formal, através da criação de uma associação de jovens do bairro da Quinta da Serra. Até lá, porém, ainda há muito caminho a percorrer e eles sabem disso.
A criação do blog, com o nome do grupo - http://ngpolon.blogspot.com - é sinal de que não querem deixar cair esta ideia de unir os jovens do bairro. Nele vão registar as actividades que se vão realizando assim como as que planeiam desenvolver ao longo do tempo.
Texto: Surraia Correia com Maria do Carmo Piçarra
Tuesday, January 15, 2008
Projecto Entrecasas a operar no Prior Velho
O Prior Velho tem mais um novo projecto a desenvolver actividades pela freguesia toda. Chama-se Entrecasas e tem como entidade promotora o Desafio Jovem. A sua intervenção principal é centrada na Prevenção das Toxicodependências.
Os objectivos deste projecto são basicamente três: melhorar as relações familiares, diminuir o uso e abuso de substâncias psicoactivas na população – alvo e desenvolver competências pessoais e sociais dos membros da família.
A ideia é trabalhar basicamente com famílias em situação de desemprego, emprego precário, que apresentem sinais de consumo de substâncias lícitas e ilícitas, violência e problemas criminais entre outros casos. Ao chegar a estas famílias pretendem ainda trabalhar com as crianças e jovens que apresentem sinais de comportamento anti – sociais, delinquência e abandono escolar.
Desde a abertura oficial do projecto as coisas têm corrido muito bem e a procura de ajuda por iniciativa das famílias tem acontecido naturalmente.
Texto: Surraia Correia
Os objectivos deste projecto são basicamente três: melhorar as relações familiares, diminuir o uso e abuso de substâncias psicoactivas na população – alvo e desenvolver competências pessoais e sociais dos membros da família.
A ideia é trabalhar basicamente com famílias em situação de desemprego, emprego precário, que apresentem sinais de consumo de substâncias lícitas e ilícitas, violência e problemas criminais entre outros casos. Ao chegar a estas famílias pretendem ainda trabalhar com as crianças e jovens que apresentem sinais de comportamento anti – sociais, delinquência e abandono escolar.
Desde a abertura oficial do projecto as coisas têm corrido muito bem e a procura de ajuda por iniciativa das famílias tem acontecido naturalmente.
Texto: Surraia Correia
Friday, January 11, 2008
Madrasta Má
Havia uma mulher que tinha uma filha e quando morreu o seu marido voltou a casar novamente. A sua madrasta era uma pessoa muito má e tinha ciúmes da relação da sua enteada com o seu pai.
Sempre que o seu pai viajava trazia muitas coisas para ela: brinquedos, roupas e doces. Mas como ficavam sozinhas, a madrasta, para se vingar, aproveitava para mandar a menina a fazer todas as tarefas de casa enquanto dizia ao seu filho para ir brincar.
Um dia, quando o seu pai viajou, a madrasta aproveitou para enterrar a menina debaixo de muitas folhas. Quando este regressou e deu por falta da filha perguntou por ela à mulher e esta respondeu que não sabia onde se tinha metido.O seu irmão, que costumava ir brincar em cima das folhas, ouvia uma voz a pedir para que a tirassem de lá, mas como era muito novo ninguém acreditava no que ele dizia.
Então um dia o pai resolveu ir ver se era verdade o que o filho dizia. Assim que chegou junto às folhas uma voz começou a cantar e a pedir que a libertassem. O pai reconheceu a voz da sua filha e foi buscar uma enxada para a desenterrar.
Quando a desenterrou, a menina contou-lhe tudo o que a madrasta lhe tinha feito. Zangado por a mulher maltratar a filha, este amarrou cada pé da sua mulher a um burro. Sempre que a mulher gritava, os burros fugiam de um lado para outro e ela ficou dividida ao meio.
A menina e o seu irmão passaram a viver com o pai, felizes para sempre.
Texto de Ana Francisca Lopes
Sempre que o seu pai viajava trazia muitas coisas para ela: brinquedos, roupas e doces. Mas como ficavam sozinhas, a madrasta, para se vingar, aproveitava para mandar a menina a fazer todas as tarefas de casa enquanto dizia ao seu filho para ir brincar.
Um dia, quando o seu pai viajou, a madrasta aproveitou para enterrar a menina debaixo de muitas folhas. Quando este regressou e deu por falta da filha perguntou por ela à mulher e esta respondeu que não sabia onde se tinha metido.O seu irmão, que costumava ir brincar em cima das folhas, ouvia uma voz a pedir para que a tirassem de lá, mas como era muito novo ninguém acreditava no que ele dizia.
Então um dia o pai resolveu ir ver se era verdade o que o filho dizia. Assim que chegou junto às folhas uma voz começou a cantar e a pedir que a libertassem. O pai reconheceu a voz da sua filha e foi buscar uma enxada para a desenterrar.
Quando a desenterrou, a menina contou-lhe tudo o que a madrasta lhe tinha feito. Zangado por a mulher maltratar a filha, este amarrou cada pé da sua mulher a um burro. Sempre que a mulher gritava, os burros fugiam de um lado para outro e ela ficou dividida ao meio.
A menina e o seu irmão passaram a viver com o pai, felizes para sempre.
Texto de Ana Francisca Lopes
Thursday, January 10, 2008
O GAAF junto das crianças do Prior Velho
O Instituto de Apoio à Criança, uma instituição particular de solidariedade social que tem como objectivo principal contribuir para o desenvolvimento integral da criança, defender e promover os seus direitos, tem como uma das valências do SOS- Criança a Mediação Escolar no qual está inserido o projecto GAAF (Gabinete de Apoio à Família), que agora começou a operar no Prior Velho.
O GAAF pretende cooperar com as entidades públicas e particulares na definição de uma política nacional os problemas de prevenção e protecção à criança. Sendo uma das suas finalidades trabalhar os problemas de abandono escolar, situações de violência dentro do recinto da escola entre outros, está a funcionar na escola primária do Prior Velho um gabinete que trabalha estes casos.
Este trabalho está a ser feito por um técnico, que tem colaborado com os outros animadores de pátio do À Bolina que também aí desenvolvem um trabalho bastante significativo para a escola. A função destes técnicos é trabalhar sobretudo com os alunos de modo a prevenir e evitar o abandono escolar, o absentismo e possibilitar um envolvimento parental activo na escola.
Assim, isto permite-lhes acompanhar e prestar apoios aos alunos dentro e fora das escolas e ainda junto dos seus lares e sempre trabalhando com o objectivo do bem-estar das crianças.
Texto: Surraia Correia
O GAAF pretende cooperar com as entidades públicas e particulares na definição de uma política nacional os problemas de prevenção e protecção à criança. Sendo uma das suas finalidades trabalhar os problemas de abandono escolar, situações de violência dentro do recinto da escola entre outros, está a funcionar na escola primária do Prior Velho um gabinete que trabalha estes casos.
Este trabalho está a ser feito por um técnico, que tem colaborado com os outros animadores de pátio do À Bolina que também aí desenvolvem um trabalho bastante significativo para a escola. A função destes técnicos é trabalhar sobretudo com os alunos de modo a prevenir e evitar o abandono escolar, o absentismo e possibilitar um envolvimento parental activo na escola.
Assim, isto permite-lhes acompanhar e prestar apoios aos alunos dentro e fora das escolas e ainda junto dos seus lares e sempre trabalhando com o objectivo do bem-estar das crianças.
Texto: Surraia Correia
Tuesday, January 08, 2008
O E.T. visto pela Ana Francisca
Personagens principais: São Elliot, Michael, Gertie e a mãe.
Tempo (quando acontece a história): A história acontece no ano de 1982.
Lugar (onde acontece a história): A história acontece numa floresta e em casa.
Acção (principais acontecimentos): Quando o Elliot encontra o E.T. e quando o E.T. é apresentado ao Michael e à Gertie.
Elemento que a despoleta acção: Um dia um rapaz chamado Elliot encontra um E.T. e ficam amigos e chega uma altura em que o Elliot e o E.T. fazem as mesmas coisas (ficam como se fossem a mesma pessoa).
Peripécias:
Reacção da(s) personagem(personagens) principal (principais):
As personagens principais ficam assustadas quando vêem o extra-terrestre e alguns homens tentam apanhar o E.T. para o poderem matar.
Tentativas de resolução do problema:
1) Vestiram o E.T. de fantasma para a mãe não descobrir nada e disseram que era a Gertie, a irmã.
2) Tentaram construir uma máquina para telefonar a outros E.T.s
3) Telefonaram para casa dos extra-terrestres para virem buscar o E.T.
Situação Final: Consequência das acções e dos gestos da personagem principal
Os E.T.s puseram-se a caminho para a floresta.
Conclusão:
Os rapazes puseram o E.T. numa bicicleta e foram para a floresta e quando estavam quase a ser apanhados as bicicletas voaram e quando chegaram à floresta os outros E.T. levaram o E.T.
Ana Francisca Lopes 12 anos
Monday, January 07, 2008
Domingas Enquebam
Em relação à experiência no projecto À Bolina - embora tendo poucas horas de acompanhamento - tem sido maravilhosa. Fez-me despertar os interesses que no meu dia-a-dia já queria realizar
sem saber como e aonde. Só tenho que agradecer a reintegração no associativismo e mais uma vez a experiência ao nível dos contactos. Gostaria de ser admitida mais horas para acompanhar o projecto a par e passo. Sem mais assunto de momento agradeço desde já a colaboração da equipa em geral.
Texto: Domingas Enquebam
sem saber como e aonde. Só tenho que agradecer a reintegração no associativismo e mais uma vez a experiência ao nível dos contactos. Gostaria de ser admitida mais horas para acompanhar o projecto a par e passo. Sem mais assunto de momento agradeço desde já a colaboração da equipa em geral.
Texto: Domingas Enquebam
Subscribe to:
Posts (Atom)